domingo, 26 de julho de 2015

Mami Poderosa em Santiago: A Saga - Episódio 6 Concha y Toro

Eu sei, eu sei... devo ser a pior pessoa pra ter um blog na vida, olha o tempo que fiquei sem postar. Muito trabalho, algumas mudanças, baladas, encontro com os amigos, enfim... me mantive ocupada. Hoje arranjei um tempinho pra atualizar o blog e contar sobre o último passeio que eu e minha mãe fizemos na sua última visita a Santiago.
Ela queria porque queria ver neve. Infelizmente o inverno santiaguino esse ano não tá ajudando muito e ficamos 60 dias sem chuva/neve. Sim, sessenta dias. Não foi dessa vez, então fizemos outro passeio clichê porém necessário pra todo turista que vem pra cá: fomos visitar uma vinícola.

Quando ela disse que queria conhecer uma vinícola, a primeira coisa que pensei foi: NÃO quero levá-la a Concha y Toro. Por que? Posso te dar alguns motivos:
1- existem outras vinícolas muito mais bonitas que ela
2- o tour é mediano pra ruim. Muito superficial, bem sem graça.
3- muito turístico. Morando aqui há dois anos, tudo o que eu não quero fazer são passeios turísticos, cheios de brasileiros.

Tinha planejado da gente ir a Cousiño Macul. Infelizmente os horários de visitação não batia com os meus horários. Não deu outra, fomos pra Concha y Toro mesmo.

É muito fácil chegar a vinícola de metrô. Explico: pega o metrô na linha vermelha e desce na estação Tobalaba. Daí, é necessário fazer uma baldeação pra linha azul, sentido Plaza de Puente Alto. Você precisa descer na penúltima estação, Las Mercedes. Pergunte ao guardinha qual a melhor saída pra se chegar a Concha y Toro, eu não me lembro se é Concha y Toro poniente ou outra direção. Saindo do metrô, é só pegar um táxi. Não vai te sair mais de $3,000CLP. Eles te deixam NA PORTA do negócio.

Não vá ser o louco de fazer todo esse trajeto e chegar na vinícola sem ter feito uma reserva prévia, ok? Mesmo que eles tenham vários tours durante o dia, é preciso ligar antes e perguntar se eles tem tour disponível. O site deles é esse aqui e com certeza o pessoal da recepção do seu hotel/hostel/apart hotel pode te ajudar ligando lá e dando essa força pra você :)
O preço do tour regular é de $10,000CLP. Existem outros tipos de tours, mais elaborados e mais caros. Não sei como são, porque mais que isso eu não pago num tour não, hahahaha.

Enfim, foi minha segunda vez lá e o tour é sempre o mesmo. Eles começam explicando sobre a historia da vinicola, ano de fundação, sobre o marques não sei das quantas. Enfim, não vou ficar dando spoiler sobre o tour, né?





Saindo daí, seguimos pras parreiras que infelizmente estavam peladas. Quer dizer, não é época de que elas estejam cheias de uva. A guia explica um pouco a diferença entre as uvas, plantação e etc.



Ficam feias as parreiras assim, né? Hahaha
Bom, daí, o passeio segue pras bodegas da vinícola, onde ela explica um pouco sobre as madeiras usadas pra fazer os barris pra guardar os vinhos e talz. E em seguida, é hora de que a guia nos tranque numa das bodegas onde passa um videozinho contando sobre a lenda do Casillero del Diablo. Até que é divertido.






Terminando a projeção, chega a melhor hora: a da degustação! Toda vinícola tem degustação incluída no preço do passeio. Dependendo do tipo de tour, tem almoço incluído e mais variedades de vinho para provar. O básico da Concha y Toro inclui degustação de 3 vinhos diferentes. A taça que você usa pra beber, claro, fica de presente :)






Terminando o tour, quem quiser pode ficar por lá pra almoçar - que não foi nosso caso - ou dar uma passadinha na loja. Sinceramente? Não vale a pena. No supermercado você encontra por muito mais barato. Claro, pra quem curte e entende de vinho, pode ser que seja legal dar uma volta pela loja, porque lá você vai encontrar outros tipos de vinhos que talvez não tenha no supermercado, ou comprar aquelas caixas que vem várias garrafas.
Como eu não manjo nada de vinho (sou daquelas que compra o vinho escolhendo pelo preço e se eu gostei ou não do rótulo, HAHAHAHA), acho uma perda de tempo essas lojas.

Enfim, esse é um resumo do tour da Concha y Toro. Acho muito superficial e sem graça. Fui na Undurraga uma vez e achei a vinícola muito mais bonita e com um tour muito mais completo. Todo brasileiro que chega aqui e me pede indicação de passeio, eu recomendo qualquer outro lugar: Santa Rita, Cousiço Macul, Undurraga... é difícil convencer de irem pra outro lugar, mas fico tão feliz quando consigo, hahahaha.

Estou com planos de conhecer a Cousiño Macul e fazer um bike & wine tour. Uma das vantagens de trabalhar em recepção hoteleira é poder fazer uns passeios sem ter que pagar, he he he.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mami Poderosa em Santiago: A Saga - Episódio 5 Bairro Paris Londres e Londres 38

Caraca, to MUITO atrasada com os posts, mas a verdade é que eu ando com um pouco de preguica de atualizar, hahaha.

Enfim, sem delongas vamos continuar com o penúltimo capítulo da saga da minha mae aqui em Santiago. Aliás, já vai fazer duas semanas que ela foi embora :(

Bom, foco Ana Clara. Continuando...
Aqui em Santiago tem um bairro lindinho que chama Paris - Londres. Na verdade sao duas ruas, mas é a coisa mais fofa que tem. Parece mesmo que voce tá na Europa, porque sao ruas antigas, com construcoes antigas, uns cafés com mesinha na calcada, enfim... eu recomendo MUITO quem vem a Santiago dar uma voltinha por lá, é encantador. Fica ao lado da igreja de San Francisco - que também vale o passeio - e como referencia pra chegar até a igreja, a avenida Libertador Bernanrdo O Higgins, ou a Alameda, como eles chamam aqui.












Pois bem, aí nesse bairro gracinha fica um prédio chamado Londres 38.
O Londres 38 é o equivalente ao DEOPS/DOI CODI do nosso querido Brasil. Ou seja, os presos políticos eram levados até lá e eram torturados e até mortos. Estima-se que foram desaparecidos/mortos 96 pessoas ali. É um dos poucos, senao o único, prédios relacionados aos anos de ditadura que nao destruíram.
A entrada é grátis, voce pode contribuir no final da sua visita com a quantia de dinheiro que achar justa. Além de passear pelos comodos da antiga casa, no dia que fomos com a minha mae, também tinha uma exposicao de cartazes (afiches) usados nos protestos de hoje em dia, mas sempre com referencia aos anos de governo Pinochet. Uma outra sala, estava rolando animacoes com bases nos depoimentos de pessoas que viveram os anos de terror da ditadura chilena.
Além disso, também sempre há palestras, work shops, enfim... o que era antes um centro de tortura, hoje virou uma espécie de espaco cultural, mas sem nunca deixar de lado a ferida da ditadura. O interessante é que o prédio nao foi reformado, entao voce consegue sentir a vibe pesada do lugar...
Acho que as fotos vao poder falar por mim






















Pesado, né?
Pra quem curte história, eu recomendo muito conhecer o Londres 38. Aqui em Santiago também tem o Museu da Memória e da resistencia, que também trata da ditadura, mas eu ainda nao tive a oportunidade de conhece-lo. Com certeza irei e claro que farei um post sobre ele aqui.
O site do Londres 39 é esse aqui e voce pode ler um pouco mais a respeito. Está tudo em espanhol, mas dá pra entender se fizer um esforcinho, rsrs.

Minha dica depois desse passeio? Tomar um café e comer um bolinho num dos cafés que ficam ali na redondeza, pra passar a bad vibe, porque olha...

Próximo post é o último da saga, fomos visitar uma vinícola, he he he.