Começo o post de hoje contando uma coisa que aconteceu em Junho de 2013, logo quando cheguei em Santiago. Na época eu ainda namorava o chileno e um dos amigos dele fez um churrasco e chamou outros amigos para que eu pudesse conhecê-los, me enturmar e tal.
Eles são uma galera que se conhece há MUITOS anos, estudaram juntos, foram do mesmo grupo de escoteiros, saem juntos, enfim... eles são bem unido mesmo. No dia, me senti um pouco deslocada, meu espanhol ainda era muito débil e era como se ali não fosse o meu lugar. Mas nunca esqueci do que meu (ex) namorado me disse no caminho de volta para casa.
'O chileno, quando é seu amigo, é seu amigo até o fim'.
E essa frase ficou martelando na minha cabeça nesse meu último dia em Santiago.
Porque no último dia, eu e as camareiras do hostel tomamos café da manhã juntas, rimos até chorar e rolou aquela melancolia no final.
Porque no último dia, a mãe de uma amiga minha me convidou para almoçar com elas (num lugar chiquérrimo, diga-se de passagem) e não me deixou pagar um peso. Detalhe que era a primeira vez que ela me via. Foi super simpática, disse que queria que eu voltasse logo e até hoje, quando converso com a minha amiga, ela me diz que sua mãe perguntou de mim.
Porque no último dia eu consegui reunir quase todos os meus amigos de diferentes áreas, digamos assim, na recepção do hostel para uma mini despedida, já que meu vôo só saía as 4am da Sexta-feira. Em algum momento antes de descer com as malas, me dei conta na sorte que tive.
Afinal, nos quase 3 anos que morei em Santiago, fiz os melhores amigos que alguém pode querer. Os mais fiéis, os que estiveram ao meu lado em absolutamente TODOS os momentos. Até pessoas que eu achei que jamais continuariam sendo minhas amigas, ficaram comigo.
E eu sei que posso estar aqui, posso estar lá, posso estar em qualquer outro canto do planeta. A distância não vai mudar o que a gente sente um pelo outro.
Nos vemos pronto, Santiago.
Nenhum comentário:
Postar um comentário