terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Dando o ar da graça

Olá.
Passando por aqui só pra tirar o pó desse blog.

Por enquanto não tenho novidades e nem conteúdos novos. Agora com a correria de fim de ano, não consegui pensar em nada, mas assim que as coisas derem uma acalmada, volto aqui.

Ainda quero escrever um pouco sobre a once chilena e talvez gravar um vídeo sobre gírias e expressões bem típicas.
Não desistam de mim e continuem mandando suas dúvidas sobre Santiago pro fuimorarnochile@gmail.com

Beijos y hasta pronto. :)

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Mini vacaciones em Santiago parte 7: uma lição que nunca esqueci

Aff que tristeza, último episódio das minhas férias em Santiago... :(

Começo o post de hoje contando uma coisa que aconteceu em Junho de 2013, logo quando cheguei em Santiago. Na época eu ainda namorava o chileno e um dos amigos dele fez um churrasco e chamou outros amigos para que eu pudesse conhecê-los, me enturmar e tal.
Eles são uma galera que se conhece há MUITOS anos, estudaram juntos, foram do mesmo grupo de escoteiros, saem juntos, enfim... eles são bem unido mesmo. No dia, me senti um pouco deslocada, meu espanhol ainda era muito débil e era como se ali não fosse o meu lugar. Mas nunca esqueci do que meu (ex) namorado me disse no caminho de volta para casa.
'O chileno, quando é seu amigo, é seu amigo até o fim'.
E essa frase ficou martelando na minha cabeça nesse meu último dia em Santiago.

Porque no último dia, eu e as camareiras do hostel tomamos café da manhã juntas, rimos até chorar e rolou aquela melancolia no final.

Porque no último dia, a mãe de uma amiga minha me convidou para almoçar com elas (num lugar chiquérrimo, diga-se de passagem) e não me deixou pagar um peso. Detalhe que era a primeira vez que ela me via. Foi super simpática, disse que queria que eu voltasse logo e até hoje, quando converso com a minha amiga, ela me diz que sua mãe perguntou de mim.

Porque no último dia eu consegui reunir quase todos os meus amigos de diferentes áreas, digamos assim, na recepção do hostel para uma mini despedida, já que meu vôo só saía as 4am da Sexta-feira. Em algum momento antes de descer com as malas, me dei conta na sorte que tive.
Afinal, nos quase 3 anos que morei em Santiago, fiz os melhores amigos que alguém pode querer. Os mais fiéis, os que estiveram ao meu lado em absolutamente TODOS os momentos. Até pessoas que eu achei que jamais continuariam sendo minhas amigas, ficaram comigo.

E eu sei que posso estar aqui, posso estar lá, posso estar em qualquer outro canto do planeta. A distância não vai mudar o que a gente sente um pelo outro.










Nos vemos pronto, Santiago.



quinta-feira, 28 de setembro de 2017

28/09/2013 e sobre nunca mais estar só

Aquela pausa básica na minha saga porque hoje merece.
Hoje é um dia muito especial, pois há 4 anos eu tive um 'encontro de almas'.

Acho que já comentei aqui brevemente sobre a enorme quantidade de cachorros que vivem nas ruas de Santiago. Foi um detalhe curioso que me chamou a atenção logo na minha primeira viagem à capital chilena e também quando fui para San Pedro de Atacama.
Depois quando me mudei para lá, percebi que esses perros callejeros meio que fazem parte do cotidiano dos santiaguinos, e que eles são sim muito bem cuidados.
Cansei de ver cachorros grandes e bem nutridos passeando livremente pelas ruas da cidade. Cachorros de raça tipo pastor alemão e até um husk siberiano (SIM!).










Uma coisa que é muito comum lá em Santiago é os estabelecimentos comerciais 'adotarem' um cachorro de rua. No apart hotel que eu trabalhava tinha uma farmácia do lado e eles cuidavam de uns pastores alemães, dando comida e água e deixando que eles dormissem lá dentro quando estava muito frio. Aliás, se você estiver andando por lá e se deparar com potinhos de água e comida amarrados a postes e troncos de árvores, saiba que é absolutamente normal. Até mesmo o Andes Hostel tem uma cachorra de estimação, a Kika. Ela é uma vira lata gordinha que vive entre a recepção do hostel e a Plaza de Armas. Perdi as contas de quantas vezes eu trabalhei com ela deitada aos meus pés, muito tranquila. Quem passa por lá fica APAIXONADO por ela, faz carinho, dá comida, água, enfim... a Kika é tipo um ponto turístico e tem até fanpage oficial no Facebook HAHAHA.







Bom e com tanto cachorro abandonado, é claro que existem várias associações e ONG's que resgatam esses animaizinhos, cuidam e depois colocam para adoção. E é agora que o post de hoje começa de verdade.

Há 4 anos estava eu e meu então namorado dando uma volta pela cidade. Era Sábado, comecinho de Primavera. Um dia bem bonito, com bastante sol e céu azul, mas aquele ventinho ainda meio gelado. Estávamos passando pela Plaza Italia, pertinho do Metrô Baquedano. A ideia era subir de funicular até o topo do San Cristobal quando vi uma feira de adoção de cachorros. E eu que não sou boba nem nada, fui lá brincar com uns filhotinhos.

Mas o que não estava nos meus planos era que, ao ir embora eu me deparar com um cocker cor caramelo, senhorzinho, sentado enquanto o veterinário segurava sua guia.
Foi instantâneo. Me lembrei da minha cocker que havia falecido um ano atrás e comecei a chorar, caminhando em direção ao coitado do cachorro.

O veterinário então já aproveitou de me apresentar ao Milko, dizendo que ele era um animal muito bonzinho, tranquilo, que não latia e só fazia suas necessidades na rua. Me ofereceu a guia para dar uma voltinha com ele ali por perto e eu fui. Andamos um pouco e o Milko empacou. Acho que estava com medo, assustado, sei lá. Não tive dúvidas. Peguei-o no colo igual a gente faz com um neném recém-nascido. Foi ali que eu terminei de me apaixonar por ele. Por que, né? Como não amar aquele olharzinho tão peculiar de um cocker?

Depois de muito pensarmos, eu e meu ex fomos convencidos pelo veterinário de levarmos o Milko para casa como lar temporário, por duas semanas. Caso não nos acostumasse a ele ou vice-e-versa, eles iriam buscá-lo sem problemas. Isso foi num sábado. No Domingo, o Carlos disse:
- Ana, liga lá pros caras e fala que vamos ficar com o cachorro.





Essa foto foi tirada logo no seu primeiro dia em casa.
 'Nascia' assim o Viejo, meu filho.
Algumas semanas depois, a ONG veio até a minha casa, deu as primeiras vacinas, fez uma entrevista comigo perguntando coisas do tipo onde ele dorme, o que ele come, se tínhamos condições para levar ao veterinário etc etc etc. Por último, assinei um documento que oficializava a adoção. Achei isso sensacional, pois mostra o cuidado e a responsabilidade com que esse pessoal encara o trabalho deles

O contrato. Era como se eu estivesse adotando uma criança

E hoje, depois de 4 anos. Depois de muitas mudanças de casa, depois de momentos bem difíceis, depois de ter que sair debaixo de sol e chuva para levá-lo para passear. Depois de meses de incertezas, sem saber como iria trazê-lo de Santiago a São Paulo, eu só posso me sentir feliz e grata. Feliz por ter uma companhia incondicional, que sempre esteve do meu lado mesmo quando eu estava muito triste. Grata à vida por ter tido esse encontro tão especial...

'Adotei para salvar sua vida, mas foi ele que salvou a minha'





terça-feira, 26 de setembro de 2017

Mini vacaciones em Santiago parte 6: dias dedicados aos amigos

Dando continuidade aos posts das minhas últimas 'férias' em Santiago, hoje vou falar sobre 2 dias em um só. Até porque, depois da virada do ano, da piscina do San Cristobal, do Museu de la Memoria y Derechos Humanos eu não fiz mais nada digamos, turístico.
Aproveitei os dias que me restaram na capital chilena para ver todos os meus amigos e matar a saudade que estava me corroendo.

Pois bem, um fato curioso: como dia 1º de Janeiro caiu num Domingo, os chilenos estenderam o feriado até Segunda, dia 2. Hahahaha, sim, é estranho, mas aconteceu. Ou seja, tinham muitas lojas e restaurantes fechados, o que acabou miando meus planos de ir novamente ao meu restaurante favorito no Tirso de Molina, o León de Judá. Tinha combinado de encontrar com uma amiga minha na porta do hostel e de lá íamos almoçar, mas quando chegamos no Tirso, os poucos restaurantes abertos estavam beeem lotados. Acabamos indo pro Mercado Central e nem me lembro o nome do restaurante que fomos, para ser sincera.

Não sei se já comentei a respeito do Mercado aqui no blog, acho que falei meio por cima sem dar detalhes. Mas eu particularmente não sou muito fã de lá não. Tipo, a arquitetura é bacana e vale pelo passeio, mas pra comer... é tudo MUITO turístico e tudo o que é muito turístico cheira a enganação, sabe? As comidas são ok, mas pelo preço cobrado poderia ser melhor e mais servida.

Enfim, almoçamos lá e depois nos encontramos com outras amigas minhas na casa de um amigo nosso, brasileiro que mora lá há mais ou menos 7 anos. Foi ótimo, passamos a tarde toda lá bebendo, conversando, dando risada e ouvindo música brasileira. Comentei com eles sobre o quanto estava feliz de estar lá e como Santiago mexe comigo e esse brasileiro me disse que entende perfeitamente o que sinto por Santiago. Ele já morou em vários outros países, inclusive na Austrália, mas falou que nada se compara a capital chilena e que não tem planos de sair de lá tão cedo.
Minha amiga italiana que também estava lá com a gente disse a mesma coisa: que apesar da cultura machista que ainda impera no Chile, ela ama Santiago e não pretende voltar para a Europa.
Foi uma delícia passar o dia com eles e renovar os votos de amizade.



O dia seguinte também foi bem tranquilo. Devo ter passado a tarde toda passeando pela cidade meio sem rumo, e à noite alguns amigos meus foram até o hostel me encontrar. Sendo uma dessas pessoas, 

ex namorada do meu ex, hahahaha.


La nueva, la nueva y la ex, HAHAHAHA
Ficamos um tempo lá na recepção bebendo cerveja e saímos para um bar que fica na mesma rua do hostel chamado The Clinic.

Nunca falei desse bar aqui antes, então vamos lá.

O The Clinic na verdade é um jornal, estilo aquela Revista Piauí. Ou seja, fala de política usando de humor e sarcasmo. Eu nunca li, mas pelo que dava para perceber nas manchetes disponíveis nas bancas, era bem essa pegada. O bar em si é muito legal. A ambientação, trilha sonora... fica numa casa antiga com uma arquitetura maravilhosa e tal, mas o atendimento... é PÉSSIMO!
Serviço em Santiago no geral é ruim. Os garçons costumam ser grosseiros e tal, mas o The Clinic ganha hahahaha. Os pedidos demoram pra chegar, mal te olham na cara e o preço é bem alto pruma comida que é beeeem mais ou menos.


Na frente do bar sempre tem um quadrinho com alguma mensagem good vibe ou política




Essas fotos são de 2013, logo quando me mudei pra lá. Fucei meu Facebook em busca de outras fotos, mas só tem essas mesmo.

Como dá pra perceber um pouco, o ambiente de lá é muito legal MESMO. A decoração e tal... mas não sei se recomendaria para comer.
Vale entrar pra conhecer lá dentro, até porque o The Clinic da Monjitas é bem grande, tem até umas lojas lá dentro, mas se não quiser passar raiva e comer algo realmente gostoso, lá não é o lugar.

Deixe o link do bar lá em cima, vocês podem clicar e ver os endereços, porque existem outros The Clinic espalhados pelo Chile.

Próximo post vou falar sobre meu último dia em Santiago :(

Até a próxima.


sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Uma pequena reflexão sobre escolhas, ganhos e perdas

Dando mais uma pausa nos posts sobre minhas mini férias em Santiago pra divagar sobre algumas coisas que eu venho pensando desde a semana passada.

Esses dias estava conversando pelo Messenger com uma amiga minha do Sul que mora há um tempo na Austrália. Ela veio ao Brasil visitar a família, e no momento da nossa conversa estava esperando para embarcar em um vôo até São Paulo, de São Paulo a Santiago e finalmente até Brisbane, cidade onde ela mora.

Perguntei como tinha sido a passagem dela pelo Brasil, se ela tinha matado a saudade da família e amigos, essas coisas triviais, quando ela falou:
- bah guria, foi foda me despedir. Perdi o nascimento de uma sobrinha e tal, meus pais estavam chorando hoje de manhã antes de eu ir para o aeroporto...

Então começamos a conversar sobre isso, porque eu entendo BEM o que ela está sentindo. Lembro quando eu vim à São Paulo buscar minhas coisas para voltar definitivamente pra Santiago meu pai me ligando enquanto eu estava dentro do ônibus indo para o avião (ele foi em casa na noite anterior se despedir, mas não pôde ir ao aeroporto) e ele chorava. De soluçar. Aquilo me deixou arrasada, porque eu raramente vejo ele chorar e ouvi-lo daquele jeito, me desejando sorte e não sei o que, acabou comigo.

Foi a partir daí que me deu um 'clique' e eu percebi que a vida adulta é isso: feita de escolhas.
Eu escolhi abrir mão da minha vida no Brasil para ir morar em outro país, ao lado do meu (então) namorado. Eu escolhi perder festas de aniversário, baladas, barzinho com os amigos de infância, casamentos, batizados, Dias dos pais, Dias das mães... em prol de me aventurar em outro lugar, ao lado de uma pessoa que eu amava muito. Eu escolhi sair da minha zona de conforto e dar a cara a tapa.

Desde que conheci o Carlos (meu ex namorado) eu fui me dando conta de que nunca mais seria 100% completa. Crueldade falar isso? Sim, mas vamos encarar os fatos porque é verdade.
Ou seja, eu até podia estar lá com ele no Chile, feliz, apaixonada, vivenciando coisas novas... mas sempre tinha um vazio dentro de mim. Aquele vazio que só seria preenchido se eu estivesse perto da minha família, dos meus amigos, da minha cidade natal...

A vontade que dá MESMO é de colocar todo mundo na mala e levar junto. Mas eu sei que é impossível. Sei que a vida é assim: ganho dum lado e perco do outro. Que nem sempre vou estar perto de quem eu amo. E que, mesmo sacrificando alguns momentos que não voltam nunca mais, a experiência de estar em outro país faz (fez) tudo valer a pena.





terça-feira, 12 de setembro de 2017

11 de Setembro e o que precisamos aprender com os chilenos

Dando uma pequena pausa nos posts sobre minhas mini férias em Santiago pra contar aqui uma coisa que eu vivenciei ontem, 11/09.

Como eu já escrevi aqui no blog, essa data é muito importante para os chilenos, porque é aniversário do golpe militar. Foi nesse dia, há 44 anos, que as tropas militares do Pinochet invadiram o Palacio La Moneda, Salvador Allende se suicidou (?) e deu-se início ao pior período que um país pode passar: o de uma ditadura.
E mesmo depois da volta da democracia ao país com a votação do Si e do No - que aconteceu em 1988 - todos os anos nessa data os chilenos fazem questão de lembrar daqueles acontecimentos fatídicos. Rolam protestos (alguns até violentos), memoriais, passeatas...

E ontem de manhã eu vi no grupo de chilenos que moram em São Paulo (sim, eu faço parte, hauhauha) que ia rolar um ato em memória ao golpe e às suas vítimas as 20:00 em frente à embaixada Chilena de São Paulo, que fica na Avenida Paulista. Aproveitei que minha aula de francês era ali perto e dei uma passada pra ver o que ia rolar.

O que vi foi o seguinte: 3 chilenos (uma estudante de intercâmbio e 2 caras que moram aqui há alguns anos) e um brasileiro que era amigo de um deles, prestando uma pequena, porém significativa homenagem ao Allende, Victor Jara e tantos outros que morreram pelas mãos dos militares. Levaram uma pequena bandeira do Chile, velas vermelhas e brancas, cravos vermelhos e fotos de alguns chilenos mortos. Um deles levou o último discurso do Allende (que você pode escutar legendado em espanhol aqui) para ecoar numas caixinhas e fez-se um minuto de silêncio.




Foi pesado e emocionante ao mesmo tempo. Muitas pessoas que passavam apressadas pararam pra ver o que estava acontecendo, queriam saber o que era aquilo. E percebi que elas também ficaram tocadas de alguma forma.
Comentei com aqueles chilenos que me sentia um pouco intrusa, porque afinal eu sou brasileira e estava ali naquele ato tão deles... e um deles me falou algo mais ou menos assim:
- Não precisa ser chileno pra estar aqui. Pra se sensibilizar, prestar homenagens, relembrar...

Fiquei pensando nisso por alguns segundos e respondi em seguida: até porque, nós brasileiros também sofremos um longo período de ditadura militar e todos os dias 31 de Março - nosso aniversário de golpe - a gente não faz nada. Não se fala no assunto, os grandes jornais se calam e fica por isso mesmo, como se fosse uma tentativa de esquecer o que aconteceu.

E sempre que chega o 11 de Setembro chileno, vejo muitos conflitos na internet de pessoas falando que é preciso seguir em frente, que é chato tocar nesse assunto o tempo todo. Mas cara... a gente PRECISA falar disso. Precisa lembrar sim, todos os anos. Precisa procurar informações na internet, precisa fazer especial na TV do golpe militar... porque 'un pueblo que no recuerda su historia, está condenada a repetirla'. Quer prova maior que isso que esse crescente número de pessoas que pedem a volta dos militares ou de gente que insiste em dizer que nunca houve ditadura?
Nós brasileiros deveríamos aprender com os chilenos de que ter memória faz bem para gente e para as futuras gerações.

Y les digo que tengo la certeza de que la semilla que entregáramos a la conciencia digna de miles y miles de chilenos, no podrá ser segada definitivamente.
Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen... ni con la fuerza.
La historia es nuestra y la hacen los pueblos.


Foi muito bacana ter estado lá ontem. Um dos chilenos estava muito feliz de ter conseguido realizar esse memorial, mesmo que pequeno. Agradeceu a presença dos outros 4 (me incluindo nesse número) e até trocamos nossos Whatsapp's pra combinar de irmos juntos à fonda oficial que vão fazer Sábado, pra comemorar as fiestas pátrias.

E pra esse evento, eu não vejo a hora.

EJALEEEE.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Mini Vacaciones em Santiago parte 5: passando a ressaca na beira da piscina

Dando continuidade a sequência de posts sobre minhas últimas 'férias' na capital chilena...

Depois daquela esbórnia toda relatada aqui, fui dormir super tarde. Ou cedo, dependendo do ponto de vista, hahaha. Acho que encostei a cabeça no travesseiro devia ser umas 7 ou 8 da manhã e dormi só até as 10, porque tinha combinado com um casal de amigos de passarmos o dia curtindo (ou tentando) o sol à beira de uma das piscinas públicas mais legais: a Antilén!

Eu já tinha ido nessa piscina 3 anos atrás quando ainda namorava e achei uma das coisas mais sensacionais de Santiago. Fomos eu, meu então namorado e um amigo meu que estava me visitando e passamos o dia lá curtindo a água fresquinha e o sol e foi um delícia.

A piscina Antilén fica localizada no Cerro San Cristobal. Além dela, tem outra, a Tupahue. Eu fui nas duas, mas a Antilén é mais legal por vários motivos:
1- ela é (bem) maior
2- ela está mais no topo do cerro, o que garante uma vista sensacional de toda a cidade e da cordilheira <3
3- ela é um pouco mais cara, o que faz com que seja um pouco menos lotada do que a Tupahue.

Nesse dia, encontrei com os meus amigos na entrada principal do San Cristobal e de lá fomos para uma fila que se forma ali na frente, num ponto onde saem vários táxis que te levam até as piscinas. Fomos nós 3 e mais uma pessoa X com a gente e pagamos algo em torno de $3.000,00 CLP (não me lembro exatamente agora, mas deve ter sido mais ou menos isso).

O lugar é bem organizado e limpo. Tem vestiário, lockers e até chuveiro caso você queira tomar banho por lá mesmo. A entrada custa $7.000,00CLP e você pode ficar lá até fechar, se quiser. Ou seja, vale a pena né?


mais uma vez vou dever fotos, porque estavam todas no meu celular roubado :(

Dá pra ter uma noção do tamanho dessa piscina, né? Essas fotos eu tirei da parte mais funda delas, atrás daquele morrinho ali no meio tem mais um tanto de água, onde a piscina fica mais rasa. E cara, a água dela é muito gostosa. Na temperatura ideal pra aguentar o verão seco de Santiago.

Aliás, se vocês forem pra lá não se esqueçam de jeito NENHUM do protetor solar. E de preferência o fator mais alto possível, porque o sol lá queima muito mais do que aqui no Brasil. Isso porque o Chile está num lugar do Globo em que a camada de ozônio já quase não existe mais. Então o sol tosta mesmo, viu?
Outra coisa, a piscina está num lugar com poucas árvores, ou seja, você precisa ficar 'caçando' sombra, o que é meio chato... tem até uma parte coberta com várias cadeiras de praia, mas é difícil conseguir um espacinho ali. Em volta tem uns gramados, a maioria do pessoal fica lá, então leve toalha/canga.

Bem, ficamos eu, a Dani e o Enrique lá por umas 3 horas mais ou menos e depois resolvemos voltar, porque deu fome e não tínhamos levado nada para beliscar.
Fomos descendo a pé de lá da piscina até um teleférico que inaugurou faz pouco tempo lá no San Cristobal muuuuito legal e que facilita bastante a locomoção pra quem quer passear no cerro mas tem preguiça de andar, hahaha.



Vou ser bem sincera: não prestei atenção em qual caminho fizemos pra chegar lá no teleférico, ate porque o Cerro é IMENSO e eu sou bem perdida mesmo. Sei que pegamos ele num ponto x e nos levou até perto da Virgem - que é o lugar principal do San Cristobal -  e de lá tomamos o funicular até a saída da rua Pio Nono.

Da primeira vez que eu fui na Antilén estava de carro e passamos próximo de um jardim japonês super bonito que tem lá. Descemos pra tirar fotos e tal, então vou compartilhar com vocês algumas delas, tá?



fotos de Janeiro/2014



Terminamos o dia almoçando num lugar muito bacana em Bella Vista, mas não anotei o nome do restaurante e nem tirei fotos da comida, então vou ficar devendo essa informação pra vocês.

No fim das contas, o Cerro San Cristobal é muito mais do que o Zoológico e a Virgem no topo. Tem um zilhão de coisas a se fazer e as piscinas são com certeza as opções mais legais, principalmente depois de um agito de ano novo, hahaha.

Vou deixar abaixo o link do site do Parque Metropolitano com absolutamente TUDO que você precisa saber sobre as piscinas e outras atrações do Cerro, ok?
http://www.parquemet.cl/horarios-y-tarifas/

E aqui, um site chileno com mais fotos e até vídeos das piscinas.

Até a próxima, amiguinhos <3








segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Mini vacaciones em Santiago parte 4: como é o reveillón na capital chilena

[nem vou ficar aqui pedindo desculpas pela demora em atualizar, porque né?]

Um dos posts sobre minha última ida a Santiago que eu tô mais afim de fazer. Sobre como é a festa de ano novo na cidade e as diferenças com o que a gente está acostumado a ver aqui no Brasil.

Eu já tinha passado um reveillón em Santiago, no ano que me mudei pra lá, de 2013 pra 2014. E senti uma diferença enorme com os nossos costumes brasileiros.
Naquele ano novo, estava eu, meu ex namorado, meu irmão e a sobrinha do meu ex. A gente fez um jantar na 'minha' casa e logo na comida notei que não é a mesma coisa aqui. Pra começar, no Chile os caras não tem o costume de comer Tender, Chester, não tem castanhas, não tem arroz com passas (chatiada, eu adoro HAHAHA)... eles comem mais lombo, frango, ou churrasco mesmo.

Enfim, voltando a outros assuntos que não sejam comida... a gente jantou e depois fizemos o rolê clássico de quem passa o ano novo em Santiago: ver os fogos na Torre Entel, pertinho do Palacio La Moneda. E de lá, balada.

No geral, os santiaguinos fazem esse mesmo roteiro no ano novo. E os que não fazem balada, continuam carreteando (fazendo festa, em bom espanhol chileno) em casa com os amigos e a família. E o negócio vai até altas horas da manhã quando eles terminam fazendo a primeira refeição do ano no mercado La Vega, comendo um bom mariscal pra repor as energias e espantar a ressaca.

Outra atração clássica de ano novo no Chile é ir pra Valparaíso ver os fogos de artifício na praia e depois e depois emendar uma balada ou continuar bebendo até de manhã na Plaza Italia com os amigos. Como vai MUITA GENTE pra lá nessa época do ano, eu desisti de ir por conta do trânsito. Como tinha pouco tempo de viagem, queria curtir Santiago e dar tempo de ver meus amigos, então fiquei na cidade mesmo. Mas pelas fotos que vejo, o ano novo em Valpo é mega animado, o pessoal usa aquelas coisas de casamento tipo plumas, óculos engraçadinho, chapéu, corneta...

Como eu disse, fiquei por Santiago mesmo e convites pra jantar com os amigos não faltaram. Mas acabei ficando no hostel mesmo, que promoveu um jantar com muita carne, arroz e batatas (como o chileno amam batata, 100-or!). Foi muito bacana, porque tinha bastante gente, uns gringos gente boa... parecia a torre de Babel.

Quando deu 23:30 fomos todos andando até a Torre Entel para ver os fogos de artifício. Como eu já sabia o esquema, meio que coordenei todo mundo. Levamos espumante (SIM, PODE BEBER NA RUA NO REVEILLÓN HAHAHAHA) e ficamos próximos à Biblioteca Nacional. Lembrando que o Andes Hostel fica há 4 ou 5 quadras da avenida onde fica a Torre, então foi beeem sussa de ir a pé, porque de carro é impossível, hahaha. E do ponto onde ficamos, deu pra ver tudo certinho e não estava muvucado.

[eu tinha outras fotos, mas estavam no meu celular que foi roubado e não consegui recuperar nada, então ficam só essas]




Depois que terminaram os fogos, voltamos todos pro hostel  e cada um foi fazer o que mais lhe apetecia. No meu caso, esperei uma amiga minha chegar da casa da mãe dela pra irmos pruma balada num hostel chamado Kombi, que fica no bairro de Bella Vista. Acabei arrastando duas brasileiras comigo que não tinham o que fazer depois da virada.

A festa foi beeem legal e o hostel parece ser bacana também. Não pagamos nada pra entrar - o que foi ótimo, porque as festas de ano novo das casas noturnas são caríssimas e estão sempre cheias - e a cerveja custava $2.000,00CLP. Na parte de trás do hostel tem um bar que eles cobriram com uma lona, colocaram luzes coloridas, estrobo e luz negra. E o djzão comendo solto com as cumbias, reggaeton, merengue e até uns axés antigassos perdidos, hahahaha. Pintei a cara com tinta neon, dancei até amanhecer, mas confesso que bebi pouco. Já tinha feito um Pub Crawl (claro!) no dia anterior e acabei queimando a largada, hahaha.
Mas foi sensacional o rolê, sério. Pena que as minhas amigas não quiseram ir comigo pro La Vega, porque eu queria muito ter feito o 'pacote completo do ano novo santiaguino'. Tava tão bom que nem lembrei de ficar tirando muita foto.


Comecei o primeiro dia do ano com essa imagem na cabeça e a certeza de que, quanto mais fico longe de Santiago, mais eu amo e quero voltar praquela cidade.


Esse ano tem reveillón de novo em Santiago. Vamos ver se animo de ir pra Valparaíso, né?

Próximo post: piscina no Cerro San Cristobal.
Tentarei não demorar muito pra atualizar <3


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Mini vacaciones em Santiago parte 3: o último dia de 2016

Continuando com a série de posts sobre minhas mini férias em Santiago, hoje quero falar um pouco sobre o último dia de 2016. A próxima postagem vai ser sobre como é o ano novo na capital chilena, então fiquem de olho.

Escolhi passar o dia 31/12/2016 andando a pé pela cidade e fazendo coisas clichês, mas que eu estava morrendo de saudade, rs.
Confesso que acordei meio tarde e com uma ressaca meio bizarra, porque no dia anterior fui pro Pub Crawl e bebi como se não houvesse amanhã. Porém houve e eu tive que lidar com aquele mal estar inicial, hahaha.

Tomei café da manhã no hostel junto das camareiras e foi genial. Comprei uns avocados, marraqueta fresquinha e ficamos na cozinha comendo e dando risada. Aliás, isso é uma das coisas que eu nunca vou esquecer. A capacidade de ter feito amizade com todos os funcionários do hostel e como nos damos bem, sabe? Enfim...



Dei umas voltas pela cidade, fui até a Plaza de Armas, Paseo Bulnes, fiz o caminho até o prédio onde eu morava (sim, sou dessas), Paris Londres, Lastarria... enfim, lugares que eu já falei sobre aqui no blog.
E, sem brincadeira, tava me sentindo muito turista. Parei pra tirar foto de tudo, como se fosse a primeira vez que estava vendo aquelas ruas, as casas, a igreja...






Essa caminhada foi boa, sabe? Pra me dar conta do quanto Santiago me fez e me faz bem. O quant  eu sentia falta de estar lá e talz.
Aproveite também pra subir o Santa Lucía pela 1567526ª vez porque, mais uma vez, sou dessas hahaha




Depois fui almoçar com um amigo meu num restaurante chinês perto do Santa Lucía e terminei o dia no Parque Forestal, deitada na grama, pensando na vida... e me preparando psicologicamente pra festa de ano novo.

Mas isso é assunto pra outro post, rs.

Até a próxima.